quinta-feira, 26 de novembro de 2009

UM ESPECTRO DE RACISMO ASSUSTA O PLANETA

Países europeus, como Alemanha, Inglaterra, Espanha e França, têm promulgado legislação xenófoba visando criminalizar a imigração, tornando-a ilegal. Esta postura não visa apenas as populações africanas, alvo do racismo. Ela é muito mais ampla e atinge muçulmanos, ciganos, latino-americanos e habitantes de muitos países da Europa Oriental.
A Europa talvez nunca tenha sido realmente tolerante, mas, quando os empregos considerados inferiores não eram aceites pela maioria dos europeus, um grande número de imigrantes foi recebido para preencher esses cargos indesejados.
Por conta de um possível medo da concorrência, uma parcela da população europeia voltou a eleger o estrangeiro como bode expiatório. Assim, criou-se um perigoso espaço para partidos políticos de extrema direita, de cunho nazi-fascista.
Escrito por Grupo de São Paulo,
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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

FRANÇA: IMIGRANTES SEM PAPEIS FAZEM GREVE E OCUPAÇÕES



Em França, um movimento de luta dos imigrantes sem papéis, com greves e ocupações, que teve início em 12 de Outubro, está a crescer e a ampliar-se, exigindo a regularização de todas e todos. O movimento, apoiado por sindicatos, associações e partidos de esquerda, envolve já mais de 5.000 imigrantes.
No dia 1 de Outubro, organizações e centrais sindicais (entre as quais CGT, CFDT e Solidaires) e outras associações enviaram uma carta ao primeiro ministro francês solicitando uma circular ministerial, que permita a regularização dos trabalhadores e das trabalhadoras imigrantes que não têm papéis.
A 12 de Outubro estes trabalhadores e trabalhadoras iniciaram um movimento de greves e ocupações, no seu local de trabalho ou no sector de actividade, que não tem parado de crescer. A mobilização tem sido mais forte nos trabalhadores dos sectores da construção civil e obras públicas, limpeza, segurança e restauração.
Um site de solidariedade (
Solidarité avec les travailleurs-euses « sans-papiers » en grève) divulga notícias e tem uma petição, subscrita por centrais sindicais, associações e partidos de esquerda e que está a recolher assinaturas.
Nesta Terça feira 10 de Novembro, o presidente da Câmara de Paris, Bertrand Delanoë, escreveu ao primeiro ministro pedindo-lhe que "flexibilize as condições de regularização dos trabalhadores sem papéis", pois constata que o movimento "toma diariamente maior amplitude" e está preocupado que o movimento, por falta de negociação, venha a "perturbar a actividade económica da capital".
O movimento reivindica que a circular ministerial permita a regularização da(o)s trabalhadora(e)s, independentemente do seu "estatuto, situação, nacionalidade e sector de actividade". Pretendem ainda que a circular contenha "definição de critérios melhorados, simplificados e aplicados ao conjunto do território nacional", igualdade de tratamento e procedimento estandardizado.